Tuesday, August 7, 2007

PARTICIPE

Alguém sabe de alguma passeata ou manifestacao em curso em Sao Paulo?
Alguém tem algum assunto importante relativo a politica governamental do Brasil ou mesmo assuntos sociais e ambientais para dividir conosco?

Envie nos comentarios e vamos divulgar aqui!

2 comments:

Magia said...

Estados Gerais do Brasil
da
Clínica

Salvemos a clínica!
Manifesto pelas práticas e formações clínicas [1]
Devido à gravidade da situação que todos vivemos em relação à saúde pública no Brasil, "devemos fazer convergir as resistências e passar à invenção ofensiva. É preciso, então, a união para responder a esse desafio da passagem de um tempo a outro. A recusa rigorosa e determinada, aquela que torna solidário, passa por compartilhar análises que explorem os desregramentos e as combinações emergentes, tornando comuns ações e experiências através de novos pensamentos de resistência. Pela criação de um coletivo que permita fazer obstáculo à política de liquidação da clínica nas instituições de tratamento e formação no Brasil.
Enquanto praticantes, formadores, pesquisadores e universitários apelamos os colegas e usuários dos Serviços de Saúde a juntar suas assinaturas a esse Manifesto pela convergência de resistências. "
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Petição aberta aos profissionais, instituições e cidadãos,
 Após o desaparecimento da psicopatologia e da psicanálise da formação dos psiquiatras em pró de variantes neurobiológicas e comportamentalistas, é a formação dos psicólogos clínicos que hoje está no alvo das instâncias de habilitação da formação. Há vários anos, os universitários que se dedicam a essa formação vêem ampliar no aparelho do Estado a vontade de dominação dos partícipes da eliminação da psicanálise e da psicopatologia, de todos os níveis das organizações qualificadoras de ensino e pesquisa. A nova configuração que emergiu recentemente não deixa mais dúvida sobre essa vontade que não mais se mascara. É a última etapa de uma corrida contra o relógio cujo fim, em breve, se torna previsível. Ao mesmo tempo, nas instituições de tratamento, constatamos que a presença da psicanálise é o campo de uma luta na qual os simulacros administrativos, a engenharia da avaliação, a medicalização sistemática e exclusiva, os dispositivos de isolamento dos sintomas e de seu tratamento expeditivo caçam regularmente a clínica da subjetividade. Aqui e lá, assistimos freqüentemente aos desmoronamentos locais que resultam de estratégias de assédio e esgotamento das equipes, ou neutralização violenta por ingestão ou dispersão. A psicanálise não lida apenas com detratores, mas com uma convergência de processos de demolição. Não é mais o tempo de sinais assassinos, mas de atos e máquinas que avançam com as valas abertas.
Diante de tal situação, os praticantes nas instituições de tratamento psíquico, e os universitários que formam as gerações futuras e mantém a presença existente da psicanálise nas instituições de pesquisa pública devem fazer convergir suas resistências e passar à invenção ofensiva. Não podem mais se contentar em contra-atacar a cada golpe e no isolamento as perfurações e escavações de seus terrenos. Não há mais crise, mas circuitos integrados de situações limites. A ferocidade industrial dos aparelhos tem nomes: despistagem precoce, desvios de comportamento, hereditariedade genética, fatores de risco, fatores de prognósticos, isolamento dos sintomas, co-morbidade, condicionamento do comportamento, índice de impulsividade, reeducação psicoterapêutica, timoregulador, investigação, avaliação, segurança psíquica, etc. A captura das populações vulneráveis reduzidas ao uso da sua infelicidade amplia-se cada dia mais. A estandardização dos fracassos da condição humana em uma nomenclatura das deficiências habita doravante as casas sanitárias. A desestruturação social é votada à investigação policial ou mascarada pelos kits de patologia dos comportamentos. As logomancias investem-se em velar a massificação do humano e a mercantilização do vivente. Aceitaremos perambular entre “os escombros do futuro”?Num certo momento, face ao que acontece, a recusa que se limita à expressão crítica é vã. Apenas a denúncia dos inimigos é derrisória. Os lamentos nostálgicos pela restauração do mundo de ontem dá dó. O jargão do mal estar na cultura é extensamente usado. Temos, todos, consciência que estamos num movimento extremo dos tempos, do que se chama mudança dos tempos. O que significa que não se trata de aberrações ou desvios a corrigir, mas da subordinação do sofrimento e do bem-estar psíquico às novas representações e dispositivos de governo nos quais a psicanálise seria apenas residual ou nebulosa. A porosidade da esfera política a esses representantes, a influência que sofre por grupos interconectados de uma voracidade utilitária ingênua, indicam suficientemente que a solução não virá dos governantes que contribuíram para essa evolução.
É preciso, então, a união devido à gravidade da situação para responder a esse desafio da passagem de um tempo a outro. A recusa rigorosa e determinada, aquela que torna solidário, passa por compartilhar análises que explorem os desregramentos e as combinações emergentes, tornando comuns ações e experiências através de novos pensamentos de resistência. Pela criação de um coletivo que permita fazer obstáculo à política de liquidação da clínica nas instituições de tratamento e formação.
Enquanto praticantes, formadores, pesquisadores e universitários apelamos, num primeiro tempo, nossos colegas a juntar suas assinaturas a esse Manifesto pela convergência de resistências.
Propomos esboçar a preparação dos Estados Gerais da Clínica acolhidos pelo Seminário Inter-Universitário Europeu de Ensino e Pesquisa em Psicopatologia e Psicanálise (SIUEERPP) [Séminaire Inter-Universitaire Européen d'Enseignement et de Recherche en Psychopathologie et Psychanalyse (SIUEERPP)]
[1] Tradução Mirian Giannella do Manifesto em francês. Para a difusão do Manifesto foi necessário criar a Petição on-line em português para orientar a participação no contexto brasileiro. No Brasil, a situação é ainda mais orquestrada no sentido de manter fora quem não faz grupo para defender sua reserva de mercado, de forma brutalizante, irônica, desautorizando quem se aproxima e até intervindo nas traduções dos textos, inserindo mais erros dos que os que normalmente escapam. Assim é que se faz necessária a orquestração de todos os massacrados pelo coorporativismo do mercado, para juntos com os médicos, também oprimidos pelo sistema, elevarmos o nível do atendimento clínico no Brasil.
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NÃO QUEREMOS REMÉDIOS, QUEREMOS SENTIR NOSSA DOR!
Mirian Giannella
Pelos Estados Gerais da Clínica do Brasil
 
Como a mãe que pari com dor!
 
A dor nos faz sentir vivos, faz sentir que temos corpos. O corpo é para ser tratado com energia feminina, acolhedora, integrativa, e não dessa forma masculina, cortante, separadora, excludente, do ocultamento, de manter o outro em posição de “paciente”. Paciente é o analista! Vamos desmascarar o masculino que quer se impor pela força da grana. A indústria farmacêutica faz a pub do remédio que acabou de inventar criando a doença que aquele remédio pretende curar! Além de não escreverem na bula os reais efeitos colaterais dos medicamentos.
Não queremos esses hospitais sucateados e nojentos onde vamos pegar doença, onde entramos para morrer de infecção generalizada, para sermos perfurados, contaminados! Nem os próprios médicos agüentam mais esses hospitais e já fugiram deles, não viram? Aconteceu em Recife, PE, 108 médicos pediram demissão! E se fizessem mais política para garantir melhores condições de trabalho? Em efeito dominó greves se alastram pelo país. Cadê a CPMF? Viram? Onde se põe o dinheiro? Na cueca? Assine o Manifesto contra a perpetuação da CPMF no site da FIESP : http://cpmf. fiesp.com. br/
Não queremos essa proposta de saúde alopatética! O que pretendem ensinar aos estudantes residentes dessa forma? A desrespeitar os pacientes, a tratá-los todos como objetos descartáveis? Eu fui tratada como brade por um residente japonês no Instituto da Criança do HCFMUSP! Ele estava irritado! Também, pudera, com essas condições de trabalho!
Não queremos essa saúde mercantilizada pelos Convênios Médicos que muitas vezes deixam de nos servir quando mais precisamos ou por esses hospitais sucateados com pacientes pelos corredores!
Que saúde é essa? Que política é essa? Não queremos mais esses políticos que fazem cara de paisagem esperando mandar os processos pro STF para jamais serem julgados! Chega dessa ladroagem! Estamos perdendo espaço para os bandidos, as máfias organizadas, as quadrilhas que nos assaltam! 
Vamos ficar à míngua ameaçados de morte, olhando os escombros do futuro?  
Os irmãos não se unem no banquete do pai totêmico? Aliás, matemos a mãe e dansemos sobre o seu cadáver!  Salvemos a subjetividade!  O direito de ser cada um diferente e mesmo assim irmãos que se nutrem uns aos outros, com alimentos fraternos de encorajamento, incentivo, abertura para a criação do novo, espaço para a criação dos nossos filhos numa sociedade mais saudável!
Unamo-nos! Acreditar e agir! Salvemos a clínica individualizada e humanizada!
A proposta está lançada para os próximos Estados Gerais da Clínica no Brasil! 
Pela democracia participativa. Onde se põe o dinheiro? Na cueca?
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A Crise na Saúde Pública. 
Excelente análise de Paulo C. Sabroza, cara lúcido! 
Vice-Diretor da Escola Nacional de Saúde Pública
"O projeto de uma nova Saúde Pública, 
dirigida a promover a saúde e não preferencialmente a cuidar da doença, 
deverá então entender e trabalhar a questão de que os seres humanos 
não têm apenas necessidades, mas também desejos e medos. 
Neste sentido, o sofrimento precisa ser atendido, 
inclusive quando os recursos técnicos não são mais capazes de promover a cura, 
problematizando assim as dimensões contraditórias da relação indivíduo/coletivida de. 
A negação desta dimensão constitui-se claramente numa limitante ao 
desenvolvimento de uma nova saúde pública...
Para tal, é essencial que as questões da saúde pública passem, cada vez mais, 
a ser debatidas nas propostas dos partidos políticos e outras instituições da sociedade civil, 
obrigando àqueles envolvidos na produção e reprodução do conhecimento a procurarem formas mais efetivas de comunicação e a diversificarem o elenco daqueles com os quais precisam estabelecer alianças capazes de viabilizar a construção do novo modelo."
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SOS HOSPITAL DO CAMPO LIMPO do 
Dr. Raul Fernandes Marinheiro Jr., Diretor Clínico 
À Câmara dos Vereadores de São Paulo
Ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
Carta Aberta à população da zona sul de São Paulo
Leia também
Pas de remèdes!, Mirian Giannella
A Soma de todas as dores, Jorge Forbes
Regulamentação da Psicanálise?
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Elaborem seus textos para que circulem na rede, 
fico à disposição para fazer laço na circulação e 
nas traduções francês-português.

Propomos uma reunião de preparação no dia 27 de setembro de 2007, 
quando Richard Abibon estará em São Paulo, em local a definir. 
Quem poderia nos acolher?

Mirian Giannella pelo Comitê de preparação dos
Estados Gerais da Clínica no Brasil

Assine a Petição on-line!  Nome, cargo, instituição, Estado
 http://www.PetitionOnline.com/EGCdoB/petition.html  


 Mirian Giannella, Casa do Cipreste, Butantã, São Paulo, SP, Brasil

http://giannell.sites.uol.com.br
Observatório Sociológico
BRASIL NA UTI

Anonymous said...

O texto publicado na Folha hoje destaca os impactos do julgamento dos mensaleiros pelo STF, que decidiu pelo indiciamento dos 40 acusados, em âmbito internacional.

Interessante notar que o NYT e o El País, por exemplo, destacaram a decisão do STF em função da pressão que a sociedade tem feito nos últimos tempos.

Felizmente, um sinal de que, ainda que aos poucos, nós vamos mudar a cara deste País.

* OU VOCÊ MUDA, OU O BRASIL NÃO MUDA *

Pra quem tiver interesse na matéria, http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u323889.shtml